Confesso que quando leu a nota sobre a restauração do velho Grupo Escolar, ficou possuído pela ansiedade de um adolescente. Nem sei onde arranjou coragem e forças para tomar a decisão de revê-lo, talvez, o resgate das memórias. Perdeu o fôlego ao estar frente a frente com o passado intacto. A sensação era de que o tempo deixara de existir, de que ele era aquele menino que escorregava pelo corrimão, livre dos medos que hoje o acompanham e dos fantasmas que o rondam. Sentiu-se forte, livre, belo e desejado. Um guerreiro. Mas foi só por um instante. Depois se apoiou na bengala e voltou ao asilo.
Ary Roberto
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