Ah, disso eu me lembro muito bem! Eu pescando na beira do lago, final de tarde, lusco-fusco. Os poucos raios de sol ainda refletiam nas águas quando ela emergiu. Uma deusa. Os seios desnudos, firmes e empinados. O corpo roliço e dourado, um convite. Seu canto eram gritos de clamor por sexo.
Hipnotizado pelo seu olhar, me despi e me atirei aos braços de Iara. No início fingiu não me querer, até relutou, mas acabou se entregando aos meus desejos e carícias, passiva, feito fêmea.
Depois do ato, Iara voltou para o fundo do lago. E eu, até hoje, me encontro no fundo de uma prisão. Dizem que foi estupro seguido de homicídio. Mas disso eu não me lembro.
Ary Roberto
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