Ao atravessar o cruzamento percebeu que um carro, em alta velocidade, se aproximava. Do outro lado da calçada, uma menina, franzina, maltrapilha, descalça, vinha correndo, como quem iria atravessar a via.
Antevendo o que poderia acontecer, tentou, em vão, alertá-la. Não conseguiu. Foi tudo muito rápido. Quando o carro passou, não pode nem ver a expressão da dor. Apenas ouviu os gritos lancinantes da pobre menina. O carro, sem reduzir a velocidade, passou. Indiferente aos gritos e ao sangue que manchava o asfalto. Correu em direção à menina que, junto ao meio fio, havia pisado num enorme caco de vidro.
Ary Roberto
É um ótimo miniconto. Gosto muito!
ResponderExcluirabraços, saudadessssssssssssssss
sueliaduan